A ganância do capitalismo ignorou os riscos que a extração do mineral poderia causar ao meio ambiente e a todas as formas de vida da região. Milhares de pessoas precisaram abandonar suas casas, diante do risco iminente do afundamento do solo, que já chega a mais de dois metros. Os impactos sociais, financeiros e à saúde física e mental dos(as) moradores(as) em tal situação é imensurável.

A ABEn acredita que o cuidado com a Mãe Terra está diretamente relacionado à saúde de todos os seres que nela habitam, inclusive nós, seres humanos. Nós, profissionais de saúde, temos que estar conscientes dos impactos que o desrespeito ao meio ambiente causam em nossas vidas: calor extremo, desmatamento, uso de agrotóxicos, poluição da água, excesso de lixo, todos esses são problemas aos quais não podemos ignorar.

A ABEn urge que as instituições de controle assegurem as ações que se impõem sobre os responsáveis por destruir o meio ambiente e as vidas que nele existem. Que sejam pagas a multa de R$ 72 milhões imposta pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), além de indenizações às vítimas, mas sobretudo, que sirva de alerta para que não ocorram mais tragédias desse tipo.

O mundo já assistiu ao desastre cometido pela Vale do Rio Doce em Minas Gerais em 2019, e está prestes a assistir outro em Maceió. Que não vejamos também a destruição de nossa floresta e do Rio Xingu, no Pará, pela mineradora Canadense Belo Sun.

A impunidade tem que acabar!

Brasília, 06 de dezembro de 2023

Diretoria da ABEn Nacional