Saúde, educação, igualdade de gênero e ambiente equilibrado: ABEn celebra Dia Internacional dos Direitos Humanos
Para a ABEn, celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos é reforçar a importância da luta contínua por igualdade, dignidade e respeito em todas as esferas da vida. É um convite à ação para proteger conquistas históricas e avançar na construção de um mundo justo.
A ABEn, em sua atuação histórica, reafirma a importância de uma formação de qualidade para os profissionais de Enfermagem como parte essencial da defesa dos Direitos Humanos. A educação em Enfermagem não se limita a questões técnicas, mas está profundamente ligada aos princípios da dignidade humana, igualdade e justiça social, fundamentos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948.
O direito à saúde (artigo 25) e o direito à educação (artigo 26 da DUDH) convergem no trabalho da ABEn, que promove o fortalecimento de currículos pautados em ética, ciência cidadã e humanização. Garantir uma formação de qualidade é garantir que profissionais de Enfermagem tenham as ferramentas necessárias para respeitar e proteger os direitos de todas as pessoas, especialmente aquelas em situações de maior vulnerabilidade, como mulheres, crianças, pessoas idosas e comunidades em situação de desigualdades sociais.
A luta da ABEn pela valorização da Enfermagem também está alinhada com o compromisso global de promover os direitos das mulheres, uma vez que se trata de uma profissão exercida principalmente por mulheres, e que enfrentam condições de trabalho precárias e desvalorização. O reconhecimento e a valorização da Enfermagem, portanto, contribuem para a promoção da igualdade de gênero e para a eliminação de discriminação no ambiente de trabalho, em conformidade com os direitos humanos universais.
Além disso, a ABEn se posiciona na defesa do ambiente como um direito humano essencial, reconhecendo a relação direta entre saúde, qualidade de vida e um ambiente saudável. A formação em Enfermagem precisa abordar temas contemporâneos, como a sustentabilidade e a justiça ambiental, capacitando profissionais para atuar em contextos de emergência climática e desigualdade social.
Ao defender os direitos da Enfermagem, como condições dignas de trabalho e reconhecimento profissional, a ABEn também fortalece o direito das pessoas a um cuidado qualificado e respeitoso. Isso inclui combater desigualdades de acesso à saúde e garantir que os profissionais possam exercer sua vocação com autonomia, respeito e segurança.
Dessa forma, as ações da ABEn refletem um compromisso contínuo com os Direitos Humanos universais, contribuindo para a promoção de uma sociedade justa, onde a Enfermagem seja reconhecida e valorizada como pilar fundamental para o bem-estar coletivo. A ABEn convida toda a categoria a se engajar nessa missão, reafirmando que a defesa dos Direitos Humanos começa no cuidado essencial com a/o outra/o.
VIVA OS DIREITOS FUNDAMENTAIS HUMANOS! VIVA A ENFERMAGEM!
Por que 10 de dezembro?
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é celebrado anualmente em 10 de dezembro para marcar a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) pela Assembleia Geral da ONU, em 1948. Este documento histórico foi elaborado em resposta às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de estabelecer um padrão global de direitos básicos que todas as nações deveriam respeitar.
A Declaração reconhece direitos fundamentais, como a igualdade, a liberdade, a segurança e a dignidade de todos os seres humanos, independentemente de raça, gênero, religião ou condição socioeconômica. Composta por 30 artigos, a DUDH é considerada a base para tratados internacionais e legislações nacionais voltadas à promoção e proteção dos direitos humanos.
Entre os direitos fundamentais listados na Declaração, destacam-se os relacionados à saúde, como o direito ao acesso a serviços médicos e ao bem-estar físico e mental (artigo 25). Esses princípios se alinham à necessidade de sistemas de saúde universais e equitativos, que garantam tratamento digno a todas as pessoas, especialmente em tempos de pandemia ou crises humanitárias. Os direitos das mulheres e das crianças também ganham protagonismo, pois a igualdade de gênero (artigo 2) e a proteção contra abusos e exploração infantil são essenciais para o desenvolvimento sustentável e justo das sociedades.
Além disso, os direitos ambientais têm sido reconhecidos como parte integral dos direitos humanos. Embora a DUDH de 1948 não mencionasse diretamente o ambiente, o direito a um ambiente saudável foi gradualmente incorporado ao discurso internacional, culminando em resoluções recentes da ONU que reconhecem o ambiente limpo e sustentável como um direito humano fundamental. Isso reflete a interdependência entre a preservação ambiental, a saúde coletiva e os direitos das gerações futuras.