Construção de Programa Nacional de Educação Permanente para a Enfermagem na Atenção Primária à Saúde é foco de oficina promovida pela ABEn, Abefaco e FNE

  • 3 de novembro de 2025
  • Livia

A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn Nacional), em parceria com a Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade (ABEFACO) e a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), está à frente da realização da Oficina Educação Permanente para a Enfermagem, que acontece nos dias 3 e 4 de novembro de 2025, na sede da ABEn, em Brasília. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Saúde e participação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Com o tema “Enfermagem para todos: qualificação profissional para o acesso à saúde na Atenção Primária à Saúde”, a oficina marca um passo importante na formulação de um Programa Nacional de Educação Permanente para a Enfermagem Brasileira, que vai orientar políticas e estratégias de qualificação profissional voltadas ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o país.

Para a presidenta da ABEn, Jacinta Sena, a proposta reafirma o papel essencial da Enfermagem na garantia do acesso à saúde e na qualidade do cuidado. “A Enfermagem é responsável pelo primeiro contato dos usuários em qualquer sistema de saúde, especialmente na Atenção Primária. Por isso, é fundamental que tenhamos uma educação e formação permanente, que nos prepare para responder às necessidades da população com qualidade, incorporando inovações nas práticas, na gestão e no cuidado”, destacou.

O encontro reúne representantes da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, das entidades da Enfermagem e especialistas em APS para identificar as necessidades formativas dos profissionais, tanto de nível médio quanto superior, considerando as especificidades regionais, o perfil epidemiológico e os determinantes sociais da saúde.

A programação inclui mesas de debate com representantes da SGTES e da SAPS, apresentação de dados sobre a demografia da Enfermagem na APS, histórico das ações de educação permanente no país e grupos de trabalho temáticos para elaboração das diretrizes do novo programa.

No segundo dia, as discussões se voltam à definição das prioridades e etapas do Programa de Educação Permanente, com foco na criação de novas residências de Enfermagem de Família e Comunidade, identificação de tecnologias educacionais e sistematização das propostas a serem encaminhadas ao Ministério da Saúde.

Ao final da oficina, será produzido um documento-síntese com as recomendações e estratégias acordadas coletivamente, que servirá de base para a implementação do Programa de Educação Permanente para a Enfermagem Brasileira, reafirmando o compromisso da categoria com a valorização profissional e a defesa de um Sistema Único de Saúde digno, acessível e qualificado para toda a população.